Transformações no exercício das artes de curar no Rio de Janeiro durante a primeira metade do Oitocentos Transformations in curing practices in Rio de Janeiro during the first half of the eighteenth century

Este artigo tem como objetivo analisar as transformações pelas quais passou o exercício das práticas de curar entre os anos 1828 e 1855, sobretudo no Rio de Janeiro. Observa-se, nesse período, a organização dos médicos acadêmicos em torno da Faculdade de Medicina, da Academia Imperial de Medicina e...

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Main Author: Tânia Salgado Pimenta
Format: Article
Language:English
Published: Fundação Oswaldo Cruz, Casa de Oswaldo Cruz 2004-01-01
Series:História, Ciências, Saúde: Manguinhos
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59702004000400004
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Summary:Este artigo tem como objetivo analisar as transformações pelas quais passou o exercício das práticas de curar entre os anos 1828 e 1855, sobretudo no Rio de Janeiro. Observa-se, nesse período, a organização dos médicos acadêmicos em torno da Faculdade de Medicina, da Academia Imperial de Medicina e de periódicos especializados, ao mesmo tempo que os terapeutas populares perdiam espaço para legalizar as suas atividades. Comparamos então as mudanças na legislação e a ação dos órgãos fiscalizadores com a atuação dos terapeutas não-oficializados e a procura da população por seus serviços. Sobressaem da análise os conflitos derivados da tentativa de a medicina acadêmica se impor sobre as demais artes de curar, demonstrando a dificuldade daquela em estabelecer o monopólio das atividades terapêuticas.<br>The article analyzes changes in curing practices between 1828 and 1855, mainly in Rio de Janeiro. This period saw academic physicians organizing themselves around the Faculty of Medicine, the Imperial Academy of Medicine, and specialized periodicals, while popular practitioners were simultaneously losing ground in the legalization of their activities. The text compares changes in laws and the actions of oversight agencies with the activities of non-officialized practitioners and the population's reliance on their services. What stands out are the conflicts stemming from academic medicine's attempt to gain ascendancy over other healing arts, which shows how hard it was for the former to achieve a monopoly within therapeutic activities.
ISSN:0104-5970
1678-4758