A ascensão de genes de resistência a antibióticos em Staphylococcus aureus: revisão sistemática
Introdução – O Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) tem-se disseminado globalmente, tornando-se endémico em muitos hospitais e comunidades. Além da meticilina, diversas estirpes de S. aureus têm mostrado resistência a uma variedade de outros antibióticos. Esta resistência é conferid...
Saved in:
Main Authors: | , , , |
---|---|
Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa
2025-06-01
|
Series: | Saúde & Tecnologia |
Subjects: | |
Online Access: | https://journals.ipl.pt/stecnologia/article/view/865 |
Tags: |
Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
|
Summary: | Introdução – O Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) tem-se disseminado globalmente, tornando-se endémico em muitos hospitais e comunidades. Além da meticilina, diversas estirpes de S. aureus têm mostrado resistência a uma variedade de outros antibióticos. Esta resistência é conferida por genes cuja presença e expressão são facilitadas por uma alta taxa de recombinação genética e pela capacidade de transferência horizontal de genes. A recente sequenciação dos diferentes genomas das estirpes de S. aureus e o desenvolvimento de ferramentas de bioinformática são muito promissores na identificação e caracterização de genes-alvo associados a esta resistência. Objetivo – Determinar as tendências emergentes, estirpes mais prevalentes, mecanismos moleculares subjacentes e fatores de virulência e como esses elementos estão relacionados com a resistência antimicrobiana e o sucesso das infeções causadas por diferentes estirpes de S. aureus. Métodos – Utilizaram-se as bases de dados PubMed e ScienceDirect para pesquisar artigos de janeiro de 2016 a agosto de 2024, com texto completo disponível em língua inglesa, que estudassem infeções nosocomiais por S. aureus efetuando testes de sensibilidade a antibióticos (TSA) e análise do genoma, de modo a identificar genes de resistência a antibióticos e fatores de virulência. Adicionalmente foram também pesquisados artigos no website Elicit. A seleção dos artigos e da informação foi realizada através da ferramenta Rayyan e a extração da informação pelo Microsoft Excel. Resultados – Foram incluídos quatro estudos, realizados no continente asiático, mas em diferentes regiões. Os estudos realizados na China concentraram-se principalmente nos dois clones MRSA ST239 e ST59, reconhecidos mundialmente. No estudo no Irão, realizado em cinco hospitais, os isolados MRSA demonstraram uma distribuição clonal notável que reflete a epidemiologia local. O estudo realizado nas Filipinas revelou que a maioria dos isolados de MRSA pertencia ao complexo CC30, distribuídos principalmente entre o subtipo ST30 e a sua variante de locus único ST1456. Conclusão – Os dois clones ST239 e ST59 são dos mais prevalentes mundialmente em infeções nosocomiais causadas por MRSA. A maioria dos estudos demonstrou que todos os isolados de MRSA foram identificados como resistentes à penicilina e oxacilina. Os estudos que determinaram os fatores de virulência permitiram concluir que os MRSA possuem genes de virulência, sendo os mais comuns o gene chp e os genes codificadores de PVL.
|
---|---|
ISSN: | 1646-9704 |