Transplantes de microbiota fecal para tratamento da colite pseudomembranosa (1958-2013): prioridade de descoberta e estilos de pensamento na literatura acadêmica

Resumo Em 1958, Eiseman e colaboradores publicaram o primeiro artigo científico relatando o uso de transplante de microbiota fecal para tratar casos graves de colite pseudomembranosa. A relevância desse trabalho inovador só foi reconhecida em 1990. A literatura acadêmica sobre o tema caracteriza-se...

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Main Authors: Maurício Roberto Motta Pinto da Luz, Ricardo Francisco Waizbort
Format: Article
Language:English
Published: Fundação Oswaldo Cruz, Casa de Oswaldo Cruz 2020-10-01
Series:História, Ciências, Saúde: Manguinhos
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59702020000300859&tlng=pt
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Summary:Resumo Em 1958, Eiseman e colaboradores publicaram o primeiro artigo científico relatando o uso de transplante de microbiota fecal para tratar casos graves de colite pseudomembranosa. A relevância desse trabalho inovador só foi reconhecida em 1990. A literatura acadêmica sobre o tema caracteriza-se por sucessivas reconstruções. Sugerimos que tais reconstruções foram orientadas por questões de atribuição de prioridade de descoberta científica nos termos propostos por Merton. A retomada do uso de transplantes de microbiota fecal é interpretada como processo de gênese de um fato científico, conforme Fleck: ocorre a mudança de um estilo de pensamento baseado no uso de antibióticos no tratamento de doenças infecciosas para outro que considera as relações ecológicas entre hospedeiros, vetores e agentes etiológicos de doenças.
ISSN:1678-4758