Procedimentos transfonográficos e abordagem conceitual no disco Araçá azul, de Caetano Veloso

Este artigo examina o disco Araçá azul (1973) de Caetano Veloso, focando na utilização de procedimentos transfonográficos e na abordagem conceitual que caracteriza a obra. Primeiro disco gravado no Brasil após o exílio londrino, o álbum se destaca pela influência da poesia concreta e pela disposição...

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Bibliographic Details
Main Author: Guilherme Granato
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal Fluminense 2025-06-01
Series:Viso
Subjects:
Online Access:https://revistaviso.com.br/ojs/index.php/viso/article/view/636
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Description
Summary:Este artigo examina o disco Araçá azul (1973) de Caetano Veloso, focando na utilização de procedimentos transfonográficos e na abordagem conceitual que caracteriza a obra. Primeiro disco gravado no Brasil após o exílio londrino, o álbum se destaca pela influência da poesia concreta e pela disposição do compositor em concebê-lo como um gesto de autoliberação artística; entrando no estúdio sem nenhum material preparado, rejeitando a presença de um produtor musical e conferindo destaque ao aparato de gravação como ferramenta integrada ao processo composicional. Levando em consideração tais fatores, o artigo examina a hipótese de enquadrar Araçá azul na categoria de álbum conceitual, abordando as origens e singularidades do formato. Além disso, analisa e classifica as faixas "Sugar Cane Fields Forever" e "Eu quero essa mulher assim mesmo/De cara" tendo como referencial teórico o modelo de relações transfonográficos desenvolvido por Serge Lacasse (2018) a partir das teorizações de Gerard Genette (1982) no campo da análise intertextual.
ISSN:1981-4062