TEMPO DE CIDADE, LUGAR DE ESCOLA
Embora assumindo abordagens diversificadas, as pesquisas sobre escola partem do reconhecimento da existência de uma cultura própria dessa instituição. Cultura essa que a conforma de uma maneira muito particular, com uma prática social própria, única. Seja cultura escolar ou cultura da escola, esses...
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Main Authors: | , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Universidade Federal de Uberlândia
2008-04-01
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Series: | Cadernos de História da Educação |
Subjects: | |
Online Access: | http://www.seer.ufu.br/index.php/che/article/view/405 |
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Summary: | Embora assumindo abordagens diversificadas, as pesquisas sobre escola partem do reconhecimento da existência de uma cultura própria dessa instituição. Cultura essa que a conforma de uma maneira muito particular, com uma prática social própria, única. Seja cultura escolar ou cultura da escola, esses conceitos acabam evidenciando praticamente a mesma coisa, isto é, a escola é uma instituição da sociedade, que possui suas próprias formas de ação e razão, construídas no decorrer da sua história, tomando por base os confrontos e conflitos oriundos do choque entre as determinações externas a ela e às suas tradições, que se refletem na sua organização e gestão, nas suas práticas mais elementares e cotidianas, nas salas de aula e nos pátios e corredores, em todo e qualquer tempo, segmentado, fracionado ou não. Trata-se, portanto, do entendimento da cultura como um sistema de significações. Para essa interpretação, os terrenos de produção da Sociologia, História e História da Educação têm sido reconhecidamente um bom lugar para se pensar e dar novo significado a algumas pautas teórico-metodológicas, tais como: o tempo escolar, o espaço, o currículo, os manuais, as autobiografias, as memórias, os diários, os aportes metodológicos; articulando-se com os conceitos de habitus, campo e práticas. Pesquisas sobre a cultura escolar em quatro cidades diferentes (Campos/RJ; Jundiaí/SP; Uberlândia/MG e Campo Grande/MS) evidenciaram a existência de escolas "exemplares", referência de qualidade e de formação, e de um processo de construção da identidade de cada cidade vinculada, pelo menos em determinado momento histórico, à identidade dessas escolas. O lugar da escola no tempo da cidade indica um projeto de sociedade em que espaço e tempo estão entrelaçados em uma e outra, através de práticas sociais em que se definem e redefinem mutuamente. Nos limites deste texto, as análises recaem sobre a Escola Maria Constança de Barros Machado, e a cidade de Campo Grande/MS, constituída na terceira fase do processo de urbanização e modernização das cidades brasileiras. |
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ISSN: | 1982-7806 |